Cresci suspirando com versos tristes que descrevia peles pálidas e lábios finos pintados de frio e morte - ainda que eu tivesse a linha do equador como sombrero.
Me tornei uma mulher que aprendeu a escrever sobre o amor com um velho carioca blasè.
Era de se esperar que não soubesse reconhecer amores não fetichizados. calmos. longos.
deles o maior veio de dentro.
maternar é trabalho. ser mãe não. mas sinto como se fosse.
não aprendi a escrever sobre filhos.
relatos de parto e desabafos da madrugada não estão entre os clássicos.
minha escrita está tão viciada em fins que temo escrever sobre o dia em que recebi um papel com meu retrato (feito em lápis de cor, giz pastel e batom) e letras esculpidas dizendo:
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