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Aline Bei - Sobre pássaros, danças e manchas de tintas

 Curioso como alguns projetos rodopiam em nossas mãos. Esse texto começou a ser escrito há mais de um ano e hoje volto aqui para terminá-lo. Pam : Olá, pessoal. Hoje começamos uma sequência de postagens sobre livros   que amamos e vamos começar com Aline Bei Aline é libriana do dia 9 de outubro, nascida em São Paulo, completou seus estudos em letras pela " Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e em artes cênicas pelo teatro-escola Célia Helena". O peso do passo morto (2017) Seu romance de estreia, O peso do pássaro morto (2017), foi vencedor do prêmio São Paulo de Literatura e do prêmio Toca, além de finalista do Prêmio Rio de Literatura. Pequena coreografia do adeus é seu segundo livro. Lola me indicou esse livro, mas  num primeiro momento, o meu preconceito com os livros atuais explodiu: O  instagramável (logo após escrever essa palavra lembro de adicioná-la ao vocabulário do editor de texto )  é o nosso novo concretismo.  O uso quase que...
 10.10.23 Feed é vício é cansaço que dormir não resolve.   é se ver esquecendo datas e prazos importantes importantes para mim.  não sonho mais que estou voando.   quando sonho não lembro. . e se  lembro  me vejo em cenas do quotidiano.   sonho com vida. às vezes uma outra. às vezes essa em que existo e tento viver mas parece sonho de tão desconexa                          distante.  Me assisto no sonho  e sonho no Feed. 
Cresci suspirando com versos tristes que descrevia peles pálidas e lábios finos pintados de frio e morte - ainda que eu tivesse a  linha do  equador como sombrero. Me tornei uma mulher que aprendeu a escrever sobre o amor com um velho carioca blasè.  Era de se esperar que não soubesse reconhecer amores não fetichizados. calmos. longos. deles o maior veio de dentro.  maternar é trabalho. ser mãe não. mas sinto como se fosse. não aprendi a escrever sobre filhos. relatos de parto e desabafos da madrugada não estão entre os clássicos.  minha escrita está tão viciada em fins que temo escrever sobre o dia em que recebi um papel com meu retrato (feito em lápis de cor, giz pastel e batom) e letras esculpidas dizendo: MAMÃE E LINDA A VIDA E MARAVILHOSA agora ela escreve. 

22.08.2020

     Resolvi organizar a caixa de brinquedos da minha criança. Entre muitos desenhos, panelas em miniatura e pelúcias, encontrei o saquinho de veludo onde guardei a aliança que você me deu. Ela seria um marco de nosso compromisso um com o outro. Não o foi. Ela está oxidada. Refletindo nós dois. Agora sim, um marco do nosso relacionamento. Um solitário cravado na prata preta,  abandonada no veludo vermelho.   Dessa vez eu não choro. Decidi parar de chorar na frente da criança. Enquanto conto histórias e organizo a bagunça que se espalhou pelo chão as lágrimas se tornam ânsia e resolvo me livrar do pacote assim como me livrei da convivência com você. Jogo para longe. Digo que não quero mais. Mas não esqueço.       Farei dela o descanso do nosso casamento.

Abril 2022

       Neste momento estou numa praça. Faço contas e aguardo o horário de buscar a minha cria na escola. Este é o modo menos cansativo e mais barato de realizar esta tarefa. No vídeo o guru me diz para não focar no problema, mas sim no sonho.. focar onde vejo a minha luz brilhar. Qual luz? - eu sempre me pergunto "Mas que luz?!". Na esquina de qual fracasso eu a perdi? Desilusões são atrapas  egoicas..Talvez.  toca 'Besame mucho' versão instrumental no saxofone, ao vivo, do outro lado da praça. m e distraio.        Penso se é mesmo verdade que para curar uma dor precisamos, por um momento, fingir que ela já não dói. Naquele mesmo esquema de fingir que estamos dormindo para que então possamos adormecer verdadeiramente.   uma bebê crescida corre e abraça o pai.   Não imagino o que essa separação irá causar na relação da minha bebê crescida com ele. O pai dela. O agora "pai da minha filha" já foi o "amor da minha vida". ...

Entre

  Ser a pessoa do - entre - entre o fim. e o Inicio Entre dois ➞ caminhos                 ➞ caminhos possíveis Entre o Paraíso e o                    Inferno Um meio Nunca A escolha.

Insônia

 As vezes, parece... que quando fico acordada por tempo de mais a escuridão ao redor me toma Invade E depois  Haja sol   [para iluminar o pensamento e  aquecer meu coração]